21/03/2010

O que é já foi e o que será, também!


Texto: Ap. Rina


O texto da mensagem de hoje é bastante intrigante. Ele compõe o versículo 15 do terceiro capítulo do Livro de Eclesiastes e diz o seguinte: “O que é já foi, e o que há de ser também já foi; e Deus pede conta do que passou”. Esse texto desperta o nosso interesse porque, à primeira vista, parece não fazer sentido. Como poderiam as coisas futuras, assim como as passadas, já terem acontecido?

Um comentário de John Wesley sobre essa passagem (disponível no sítio de internet: //wesley.nnu.edu) expressa que as coisas passadas, presentes e futuras são estabelecidas por uma ordem constante em todas as partes e eras do universo. De acordo com Wesley, há um retorno contínuo no movimento dos corpos celestiais, das estações do ano e na sucessão das gerações de homens e animais, em que tudo ocorre com o mesmo padrão. Esse pensamento é complementado por Ray C. Stedman (www.raystedman.org), em sua afirmação de que, em decorrência disso, há a repetição das mesmas lições para todo ser humano.

Por isso a segunda parte do versículo: Deus requer de volta aquilo que já passou, ou seja, Deus faz o que já passou retornar e isso implica em darmos conta do que fazemos. Há que se pensar, por exemplo, que, se o movimento das coisas é cíclico e isso inclui os nossos erros, teremos os mesmos tipos de colheita do que plantamos até que produzamos frutos de qualidade. E supõe-se que ninguém deseja errar a vida toda.

De fato, esse versículo é um desafio à consciência e ao empenho em viver de modo a não repetir os mesmos erros; o que faz desta mensagem também um incentivo para tanto. Se vamos passar por testes, que busquemos a aprovação em todos, de modo a que a nossa estada na terra não seja em vão.

Primeiro, há que se pensar na efemeridade da existência. Deus estabeleceu o homem tendo como parâmetro a eternidade. Assim, comparada com ela, nossa passagem por este mundo é, no mínimo, breve e não devemos desperdiçá-la com coisas que nos trarão prejuízos.

É sabido, por exemplo, que os maiores danos a uma pessoa são causados pelos vícios (o alcoolismo, as drogas, o jogo, a pornografia, o consumismo), por uma saúde debilitada, por finanças mal-administradas e relacionamentos degenerados, que desarmonizam o convívio de lares, locais de trabalho, lazer e até mesmo igrejas.

E é preciso buscar com urgência a remissão do nosso tempo. É preciso aproveitar ao máximo as oportunidades de aprendizado e, principalmente, de prática dos ensinamentos de Cristo, certamente o modelo de procedência para todo ser humano. Não podemos nos esquecer dos termos eternos em que se dão os valores espirituais, nem da balança com que todos seremos medidos. Afinal, o futuro também já passou.

Que Deus o abençoe,

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