23/12/2010

Afrontas? O quê devo fazer?


Por Maurício Arruda


A vida com Deus é constituída por alguns fatores. Um destes chama-se “lutas”. Há quem diga o contrário e, diga-se de passagem, há um enorme perigo nestes discursos, onde é dito que quem passa por lutas, não está sendo abençoado. É o tal “evangelho da prosperidade” cheio de chavões evangélicos como: “Você nasceu para ser cabeça e não cauda”; “Tudo posso naquele que me fortalece”, entre outros jargões que pregados de forma equivocada, não produzem efeito duradouro nos cristãos e nem maturidade espiritual, pelo contrário, formam na verdade crentes alienados e superficiais.

Jesus, a encarnação do Deus Vivente disse em João 16:33b “No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.” Nesta passagem Jesus nos exorta a termos bom ânimo para alcançarmos a vitória, ou seja, as lutas são inevitáveis. E são justamente nestes momentos de batalha, provações, lutas e desertos aos quais eventualmente estamos inseridos, que também chegam as afrontas e estas na maioria das vezes, são de origem demoníaca quer sejam opressões, pensamentos ruins e desanimadores ou até mesmo são afrontas vindas de irmãos em cristo, parentes, amigos, colegas de trabalho, etc.

A pergunta é: Qual tem sido nossa postura diante das afrontas?


Posso afirmar que se dermos crédito a estas afrontas, certamente seremos tomados por sentimentos que nos levará a caminhos de falta de fé, dúvida, abatimento na alma, cansaço, etc, quando na verdade sequer deveríamos responder a tais questionamentos. Quem de nós nunca ouviu frase como:

“Onde está o teu Deus?”
“Xi... o Deus lá da tua igreja falhou desta vez.”
“Acho que Deus se esqueceu de você.”
“Deixa pra lá este negócio de Deus aí e parte pra outra.”

Mas a palavra de Deus nos traz um ótimo exemplo de como agir nestas horas. Vejamos como Sadraque, Mesaque e Abednego reagiram quando confrontados pelo então rei Nabucodonosor, que os lançaria na fornalha de fogo ardente caso estes se recusassem a adorar a imagem construída por ele.

Daniel 3:15

Agora, pois, se estais prontos, quando ouvirdes o som da buzina, da flauta, da harpa, da sambuca, do saltério, da gaita de foles, e de toda a espécie de música, para vos prostrardes e adorardes a estátua que fiz bom é; mas, se não a adorardes, sereis lançados, na mesma hora, dentro da fornalha de fogo ardente. E quem é o Deus que vos poderá livrar das minhas mãos?

Repare no final do versículo que além de ameaçados de serem lançados ao fogo, eles foram diretamente afrontados pelo rei. Mas vejamos a postura deles após o que acabaram de ouvir:

Daniel 3:16

Responderam Sadraque, Mesaque e Abednego, e disseram ao rei Nabucodonosor: Não necessitamos de te responder sobre este negócio.

Eles em nenhum momento se preocuparam com a afronta do rei e muito menos responderam ou entraram em algum debate desnecessário com Nabucodonosor, o que calou o rei imediatamente o deixando furioso. Além de terem uma fé inabalável eles não deram nenhum crédito à afronta que acabara de acontecer.

Temos a mania de ficar se justificando quando as lutas chegam e somos confrontados. Isso não é necessário quando se crê em Deus de todo coração. Não precisamos ter respostas para todas as coisas e, sobretudo para os que querem nos afrontar nestas horas.

A fé em Deus não se faz com respostas a este tipo de questionamento. Deus continuará sendo Deus mediante sua situação ou sob qualquer afronta que queira lhe trazer algum embaraço. A palavra de Deus diz em Salmos 34:19 "Muitas são as aflições do justo, mas o SENHOR o livra de todas", portanto não gaste o seu tempo com afrontas inúteis que o diabo quer trazer para sua vida nos momentos de luta.

Crê somente e continue a glorificar ao Deus com sua postura ainda que esta, seja apenas o silêncio, pois está escrito que o homem vê a aparência, mas Deus vê o coração.


No mais tudo na Santa Paz.

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