22/02/2011

Aprendendo com Mateus 6 - # 3


por Maurício Arruda


Nossa continuação do estudo de Mateus, hoje vem falar da oração que Jesus deixou como modelo para os cristãos. O importante aqui, é ressaltar que esta oração não trata-se de um "mantra gospel", nem mesmo de uma oração que deve ser proferida como "frases poderosas" que movem a mão de Deus.

Esta na verdade é um modelo de oração para que saibamos como nos conduzir a Deus com alguma direção e ordem. Mas na palavra de Deus, encontramos em Romanos 8:26 "E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis".

Mateus 6

8 Não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes.
9 Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome;
10 Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu;
11 O pão nosso de cada dia nos dá hoje;
12 E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores;
13 E não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém.

Ainda que tenhamos este modelo deixado por Jesus, não sabemos orar corretamente, seja eu, você, o intercessor fulano, o irmão Zézinho canela de fogo, o pastor pentecostal ou o apóstolo super-ungido, é a palavra de Deus que afirma isso conforme acabamos de ler. Certamente isto deve ocorrer para que ninguém se vanglorie. Glórias a Deus por isso! Contudo, vamos refletir um pouco acerca da oração que Jesus nos ensinou, para que possamos sair deste lugar de conforto onde achamos que por orar o Pai Nosso, tá tudo certo.

Só posso orar PAI, se demonstrar esse relacionamento com Deus no meu dia-a-dia; revelando que de fato sou filho de Deus;
Só posso orar NOSSO, se busco continuamente a viver em comunhão com aqueles que tem Deus como seu pai e Jesus como seu irmão;
Só posso orar QUE ESTAIS NOS CÉUS, se não estou preso pelas coisas do mundo;
Só posso orar SANTIFICADO SEJA O TEU NOME, se eu estou demonstrando a santidade de Deus em minha vida, pois levo o seu nome;
Só posso orar VENHA TEU REINO, se estou preparado para abrir mão de construir meu próprio reino, a tentação de controlar os outros pela arrogância e me achar digno de reverência;
Só posso orar SEJA FEITA TUA VONTADE, se procuro colocar-me em sua dependência para que seu plano seja executado.
Só posso orar ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU, se quero verdadeiramente entregar-me a compreensão que a sua vontade é a melhor que a vida.
Só posso orar O PÃO NOSSO DE CADA DIA NOS DAI HOJE, se estou preparado para partilhar o que tenho com os que estão em necessidades;
Só posso orar PERDOA AS NOSSAS DÍVIDAS ASSIM COMO PERDOAMOS AOS NOSSOS DEVEDORES, se tenho disposição de eliminar toda a mágoa que guardo no coração provocado pelos os outros;
Só posso orar NÃO NOS DEIXE CAIR EM TENTAÇÃO, se estou disposto a não me enroscar nas armadilhas do pecado.
Só posso orar MAS LIVRA-NOS DO MAL, se estou preparado para evitar o pecado deliberado na minha vida;
Só posso orar POIS TEU É O REINO, O PODER E A GLÓRIA PARA SEMPRE, se estou disposto para exaltar o seu nome e o meu nome diminuído.

Créditos: Samuel Cordeiro - http://www.evangelhopuroesimples.com.br/

Veja aqui os estudos anteriores: estudo # 1, estudo # 2

18/02/2011

As atitudes da adoração

Precisamos começar com as Escrituras. Mais especificamente, o lugar por onde devemos começar é o livro de Salmos. Muitos cristãos voltam-se para o livro de Salmos em tempos de angústias para encontrar palavras de consolo e de encorajamento.

Os cristãos também usam os Salmos para dar asas aos seus sentimentos de grande alegria. Mas é surpreendente, pelo menos para nós, que raramente os Salmos sejam usados para ensino. É como se fossem sutilmente afastados do uso básico das Escrituras conforme descrito por Paulo em:

2 Timóteo 3

16 Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça;
17 Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.

Os Salmos também fazem parte das Escrituras inspiradas por Deus para uso prático no ensino, na exortação, na correção e no treinamento na justiça, para dar ao cristão o preparo adequado para as tarefas que Deus tem para cada um de nós. Um dos grandes valores dos Salmos didático é que juntamente com o ensino que trazem, apresentam o sentimento da pessoa em vista.

Quando lemos os Salmos, podemos permitir que a poesia não só nos instrua, mas também nos dê a experiência que essa grande literatura pode proporcionar. Um dos ensinos sobre a adoração do Saltério (antigo instrumento musical de cordas) está no Salmo 95.

O Salmo apresenta as atitudes da adoração de um modo maravilhosamente equilibrado. Deus tem anseios com respeito aos nossos cultos de adoração hoje. Ele tem anseios não só quanto ao que é efeito, mas também ao como é feito. No Salmo 95, encontramos uma admirável mistura de uma série de atitudes que Deus deseja de nós quando nos colocamos diante dEle em verdadeira adoração.

O Salmo 95 há muito tem sido usado na história da igreja com um convite à adoração. Na igreja latina, esse salmo era conhecido como "Venite" - "Vinde!". Trata-se de um salmo de exortação pública para que o adorador se achegue, mas que o faça corretamente, para adorar o Deus vivo.

Salmos 95

1 Vinde, cantemos ao SENHOR; jubilemos à rocha da nossa salvação.
2 Apresentemo-nos ante a sua face com louvores, e celebremo-lo com salmos.
3 Porque o SENHOR é Deus grande, e Rei grande sobre todos os deuses.
4 Nas suas mãos estão as profundezas da terra, e as alturas dos montes são suas.
5 Seu é o mar, e ele o fez, e as suas mãos formaram a terra seca.
6 O, vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do SENHOR que nos criou.
7 Porque ele é o nosso Deus, e nós povo do seu pasto e ovelhas da sua mão. Se hoje ouvirdes a sua voz,
8 Não endureçais os vossos corações, assim como na provocação e como no dia da tentação no deserto;
9 Quando vossos pais me tentaram, me provaram, e viram a minha obra.
10 Quarenta anos estive desgostado com esta geração, e disse: É um povo que erra de coração, e não tem conhecido os meus caminhos.
11 A quem jurei na minha ira que não entrarão no meu repouso.

Créditos: Trechos extraídos do livro Teologia da Adoração - Ronald Allen e Gordon Borror

08/02/2011

Qual árvore é você?

por Maurício Arruda

Hoje vamos meditar um pouco em Mateus 12 para obter a nossa resposta.



Mateus 12

33 Ou fazei a árvore boa, e o seu fruto bom; ou fazei a árvore má, e o seu fruto mau; porque pelo fruto se conhece a árvore.
34 Raça de víboras! como podeis vós falar coisas boas, sendo maus? pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca.

Muitas vezes nos enganamos no que realmente somos. Cremos que somos bons, achamos que somos maus, e por aí vai o questionamento e a auto- análise. Mas ao analisarmos Mateus 12 podemos chegar há uma conclusão.

Você não é o que aparenta ser, você é o que você produz, o que você gera. Como posso ser uma coisa e querer aparentar outra? O verdadeiro "Eu" está na coêrencia entre minha reputação e o meu caráter, ou seja, entre o que vivo e o que aparento viver.

Precisamos ser honestos com nós mesmo. A identificação do nosso real caráter, nos levará a uma petição correta diante de Deus afim de sermos tratados ou até mesmos refeitos pelo Senhor.

Honestidade = Compromisso de viver aquilo que eu falo.
Integridade = Preço que eu pago para viver a minha honestidade.

É necessário ainda ter-se longanimidade. Ser longânimo é caráter de pessoa que suporta as adversidades e que prossegue no seu empenho, apesar dos obstáculos.

Provérbios 16

32 Melhor é o longânimo do que o valente; e o que domina o seu espírito do que o que toma uma cidade.

Outro porém, é que devemos continuar a nos alegrar com a palavra de Deus. É através dela que encontramos o confronto, o ensinamento e a correção. Na palavra de Deus sempre haverá um caminho que nos guiará acerca dos acontecimentos que cercam nossas vidas.

Provérbios 19

27 Se você parar de ouvir a instrução, meu filho, irá afastar-se das palavras que dão conhecimento.

Para finalizar vou deixar um versículo para meditação. 

João 6:68

Respondeu-lhe, pois, Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna.

Deus abençoe!

03/02/2011

Quanto à Ceia...

por Maurício Arruda

Quando o assunto é ceia, estamos bem familiarizados com as passagens de 1º Coríntios 11:23 "Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão" e por ai vai...




Já vi muitas pregações em noite de ceia que não fogem a este modelo. Contudo, aprendo algumas coisas ao meditar em alguns versos deste capítulo 11 de 1º Coríntios, que está diretamente relacionado aos nossos olhares.

Reflita comigo:

1 Coríntios 11:28 Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice.

(Olhar para dentro)

Aqui o olhar deve estar direcionado para dentro de nós. É a auto-análise. Esta não deve ser feita superficialmente, pois se assim agirmos, podemos ignorar áreas de nossas vidas que requerem tratamento e mudança. A identificação de um problema é o primeiro passo para que através do Espírito Santo, possamos alcançar graça e consequentemente mudança.

(Olhar para frente)

1 Coríntios 11:26 Porque todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes do cálice estareis anunciando a morte do Senhor, até que ele venha.

Quando ceiamos, não praticamos apenas um ritual deixado por Jesus anunciando a sua morte, mas olhamos para frente. Note o final do verso que diz "até que ele venha". Pela fé em Cristo cremos na sua volta e ao ceiar estamos declarando esta verdade.

(Olhar ao redor, a nossa volta)

1 Coríntios 11:33 Portanto, meus irmãos, quando vos ajuntais para comer, esperai uns pelos outros.

A ceia também demonstra comunhão. É nesta hora que nos reunimos em comunhão com os irmãos. Devemos esperar uns pelos outros conforme o final do verso. A alegria do Senhor está na comunhão dos irmãos no momento de ceia.

Maranata!

01/02/2011

Aprendendo com Mateus 6 - # 2

por Mauricio Arruda

Continuando com nosso estudo do capítulo 6 de Mateus, hoje falaremos sobre oração. Como tem sido nossas orações? Quantas vezes ao dia temos orado? Três vezes, igualmente a Daniel? Quando levantamos e na hora de dormir? Qual é o conteúdo de nossas orações? Ação de graças e louvores a Deus ou apenas nossas petições acerca do que precisamos?



Desde que me converti estou na mesma igreja, e pela graça de Deus fui chamado para fazer parte do ministério de música (louvor). Algo de interessante que tenho visto ao longo destes anos é o quão somos tendenciosos a praticar atos desprezíveis quando fazemos parte de um ministério. Além de ter acesso às deficiências da igreja refletida através das pessoas que fazem parte deste ou aquele ministério, vi o quanto estas mesmas pessoas são imaturas em suas atitudes, o que de alguma forma as deixa distante de Deus, mas este é um assunto para outro post.

Hoje quero me ater ao perigo de acharmos que somos mais espirituais, ou mais "experientes" do que outro irmão (s) por fazer parte de um ministério e equivocadamente, mudamos a oração simples que fazíamos no início da caminhada com Cristo, quando éramos apaixonados por Jesus e valiamo-nos de nossa inocência para com o Senhor, esta última perdida com o passar dos anos por muitos de nós. Pude ver ao longo desta caminhada com o Senhor, muitos orarem com palavras de efeito, entonação de voz em volume alto, repetições demasiadas, etc e outros julgarem a oração do irmão com sendo errada, como se existisse a "oração certa". Contudo não é isso o que o Senhor nos ensina através de Mateus:

Mateus 6
5 E, quando orardes, não sejais como os hipócritas; pois gostam de orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa.
6 Mas tu, quando orares, entra no teu quarto e, fechando a porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.
7 E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque pensam que pelo seu muito falar serão ouvidos.

O ato de orar está relacionado ao diálogo diário que devemos ter com o Senhor de forma íntima. Não se deve orar esperando por algum reconhecimento de homens ou crendo que nossas palavras têm algum poder para fazer algo por nós ou por qualquer outra pessoa. O poder da oração não está naquele que profere as palavras, mas sim naquele que as ouve, a saber, o Senhor. Aprendemos ainda que a oração que agrada ao Senhor é aquela feita na intimidade com o Pai, quer seja no quarto em casa, no banheiro no trabalho, ou em qualquer outro lugar onde haja alguma condição para que se possa entrar na presença do Pai sem que os aspectos exteriores nos atrapalhem de alguma forma.

É necessário, portanto, um ambiente favorável à concentração para que juntamente com o Espírito Santo possamos nos achegar a Deus de forma simples e verdadeira, certos de que Ele que é um Deus vivo e nos ouve, segundo a tua palavra.

Outro princípio que aprendemos aqui, é que não se deve orar com repetições exaustivas em nossas frases. O Senhor certamente já sabe até o que pediremos, contudo, ao fazermos nossas petições conhecidas a Deus, não devemos fazer como os gentios, pagãos, e adeptos de outras religiões que se prendem a orações exaustivamente repetitivas, crendo que com isso serão ouvidos, ou que estão agradando a Deus com esta atitude. Todavia, isso não significa que não devemos perseverar em oração em nossas petições, até que estas sejam respondidas por Deus conforme sua vontade.

Que Deus nos abençoe e nos lembre a cada dia da sua palavra que nos ensina como proceder na fé cristã em todas as coisas, para prosseguirmos no caminho de Deus de forma correta, simples e maravilhosa, assim como Ele é.

Veja aqui o: estudo # 1