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A LEI DA PARTICIPAÇÃO: O MESTRE É A CONSEQÜÊNCIA
Lembrai-vos da palavra que eu vos disse: não é o servo maior do que seu senhor: Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós outros; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa" (João 15.20). Advertência e privilégio. O discípulo participa da vida e obra do mestre. Na verdade, o discípulo é o continuador da obra do mestre, de modo que ele também recebe a mesma resposta que o mestre recebeu: ódio e perseguição dos que odiaram e perseguiram o mestre; e fraternidade e aceitação daqueles que também vão tornar-se discípulos do mestre através deles.
Esta é a lei da participação. O discípulo de Cristo participa daquelas mesmas coisas que Cristo participou. Coisas boas e coisas desagradáveis. É um engano pensar que seremos melhores ou mais bem-sucedidos que nosso Mestre. Jesus é o exemplo e o limite. Dele não podemos passar. A conseqüência de ser discípulo é ser tratado como trataram nosso Mestre.
"O discípulo não está acima do seu mestre, nem o servo, acima do seu senhor: Basta ao discípulo ser como o seu mestre, e ao servo, como o seu senhor: Se chamaram Belzebu ao dono da casa, quanto mais aos seus domésticos" (Mateus 10.24-25). O discípulo recebe as conseqüências da vida do mestre. Logo depois disto, o texto diz, três vezes: "Portanto, não os temais" (Mateus 10.26,28,31). Não devemos temer, mas ficar alegres por ser "co-participantes dos sofrimentos de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos alegreis exultando" (1 Pedro 4.13). A maior glória do discípulo é ser identificado com o seu mestre. Vamos ser tratados como trataram nosso mestre; este é o nosso papel, pois o discípulo não está acima do mestre.
APLICAÇÃO
As aplicações deste provérbio de Jesus que queremos ressaltar são:
1. Escolha bem seu mestre. Jesus proibiu-nos de aceitar um ser humano como nosso mestre, já que este lugar pertence somente a ele (Mateus 23.8). Os mestres humanos limitam e atrofiam o cristão impedindo que ele cresça até a estatura de Cristo (Efésios 4.13). "Maldito o homem que confia no homem... Bendito o homem que confia no SENHOR..." (Jeremias 17.5-8). Todo ser humano é meio cego, ou tem uma trave no olho: não serve de modelo para nós. O único modelo perfeito é o Senhor Jesus Cristo. Se o nosso limite for Jesus, não haverá limites para o crescimento espiritual.
2. Imite Jesus. A razão de sermos discípulos é aprender dele e imitá-lo. Desta forma, não há tarefa nenhuma que Jesus tenha feito que nós não queiramos fazer. Jesus nos deixou o exemplo (1 Pedro 2.21; João 13.15). A vida de Jesus não é somente história: é um manual de instruções; não é somente a vida dele, mas deve ser também a nossa.
3. Participe da missão de Jesus. Perseguição no meio de pregação foi a marca do ministério de Jesus e dos primeiros discípulos. Também deve ser a nossa marca. Não se trata de buscar uma "oposição gratuita", mas, sendo como o Mestre, seremos perseguidos (2 Timóteo 3.12).
Deus abençoe.
fonte: hermeneutica.org.br
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