26/07/2012

Pastor não é palhaço! A necessidade de reforma dos púpitos brasileiros.

Por Alan Kleber 

Sem sombra de dúvida, a Reforma Protestante do século XVI foi o maior reavivamento produzido pelo Espírito Santo em toda a história da Igreja de Cristo. Tudo começou pelo resgate da genuína pregação. Naqueles dias, poucos pregavam com fidelidade as Escrituras. Os sacerdotes, a maioria ignorantes, mal sabiam ler e escrever. No máximo decoravam a missa em latim. O povo, mergulhado em profundas trevas espirituais cegamente seguia o entretenimento supersticioso e idólatra do clero.


Quando Martinho Lutero, Ulrich Zwingli, João Calvino, John Knox e outros pastores começaram a pregar novamente a Palavra de Cristo, o povo que andava em trevas contemplou mais uma vez o brilho da luz. O Senhor promoveu um grande despertamento espiritual na Europa, levando países inteiros a abraçarem o Evangelho do Senhor Jesus Cristo.

A máxima protestante “Igreja Reformada, Sempre Reformando”, ainda hoje nos ensina que a verdadeira reforma consiste em sempre reavaliarmos a nossa fé e prática segundo os padrões estabelecidos pelas Escrituras. A nossa consciência, como disse Lutero, deve estar cativa à Palavra de Deus. A nossa pregação precisa ser clara e objetiva. Seu conteúdo: Jesus Cristo, e este crucificado (1 Co 2). Não há lugar para brincadeiras quando proclamamos o Reino de Deus.

Hermisten Maia falando sobre isso usou a seguinte ilustração: “Imagine um jovem entre muitos outros, ansiosamente procurando seu nome na lista afixada na parede da universidade. Ele busca saber se foi aprovado ou não no vestibular. De repente, surge um amigo com um sorriso largo no rosto e com braços abertos dizendo: – Você conseguiu! Você foi aprovado! O jovem começa a gritar e pular de alegria, dá um abraço apertado naquele amigo, ri, chora, comemora…

Contudo, em meio a toda aquela euforia, seu ‘amigo’ diz: – É tudo brincadeira, não passou de uma piada; seu nome não consta entre os aprovados”. Como você reagiria a essa situação se fosse o vestibulando? Se você corretamente não admite brincadeiras com coisas sérias, será que o Evangelho, que envolve vida e morte eternas seria passível de brincadeiras, de gracinhas ou palhaçadas?

Da mesma forma, hoje muitos pregadores estão apresentando uma mensagem incompreensível à Igreja. Os crentes se acostumaram a ouvir o seu pastor brincar tanto com assuntos sérios, que não conseguem descobrir o temor e tremor do Senhor em suas brincadeiras. Eles sobem ao púlpito e pensam que estão no picadeiro, alguns até mesmo vestidos de palhaço!

Os palhaços “pregadores” afirmam que nós é que confundimos “expor a Bíblia com seriedade” com “expor a Bíblia sério”. Argumentam que Jesus usava muito humor para pregar e que a chave hermenêutica para compreendermos as parábolas de Jesus é o humor. Sinceramente, eu não consigo enxergar nenhum pingo de humor quando Jesus fala sobre o Dia do Juízo, onde separará ovelhas de bodes, lançando estes no inferno. Não dá para rir!

O resultado trágico dessa esdrúxula metamorfose é que o povo de Deus, por não perceber a diferença entre o palhaço e profeta, aprova este comportamento absurdo e pecaminoso por meio de aplausos e boas gargalhadas.

O desaparecimento da verdadeira pregação é sempre um grave sintoma de que púlpitos estão vazios.

Percebemos mais uma vez o entretenimento substituindo o verdadeiro papel do profeta.

Não é de se estranhar a resistência por parte de muitos em ouvir e atender a mensagem da cruz. Como falar do pecado, ira de Deus, morte, inferno, arrependimento, cruz, salvação e sacrifício de modo divertido? Tem muitos pastores vestidos de palhaço afirmando: “Sim, isso é possível”. Eles têm envolvido as nossas crianças e a nossa juventude com essa maneira engraçada de pregar. Onde isso vai parar? Precisamos urgentemente de uma reforma em nossos púlpitos!

Kierkegaard conta que certa vez um circo se instalou próximo de uma cidadezinha dinamarquesa. Este circo pegou fogo. O dono do circo vendo o perigo do fogo se alastrar e atingir a cidade mandou o palhaço, que já estava vestido a caráter, pedir ajuda naquela cidade para apagar o fogo. Inútil foi todo o esforço do palhaço para convencer os seus ouvintes.

Quanto mais ele gritava “O circo está pegando fogo!”, o povo ria e aplaudia o palhaço entendendo ser esta uma brilhante estratégia para fazê-los participar do espetáculo… Quanto mais o palhaço falava, gritava e chorava, insistindo em seu apelo, mais o povo ria e aplaudia… O fogo se propagou pelo campo seco, atingiu a cidade e esta foi destruída.

Pastor não é palhaço, é profeta. Seu púlpito não é picadeiro, mas o lugar de onde ele proclama com autoridade a Palavra de Deus. Sua missão é pregar em alto e bom som, de forma pura e simples as Boas Novas do Evangelho e todas as suas implicações. O pastor não é um animador de auditório, nem um contador de piadas. Lugar de palhaço é no circo. Que Deus tenha misericórdia de nós, levantando novos reformadores!

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fonte E a Bíblia com isso?, publicado aqui no Cristão Sim Alienado Não

16/07/2012

Sim, sim! Não, não!

Mateus 5:37 Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não; pois o que passa daí, vem do Maligno.


Hoje a “mentira social” virou praxe no trabalho e em relacionamentos. O chefe manda a secretária dizer “Ele não está aqui” quando não quer atender um telefonema. O amigo diz “Eu vou! Eu vou!” ao convite, quando de fato não pretende ir.

A verdade, quando falada diante de um tribunal, ou numa conversa casual, abre portas e fecha outras. Ela sempre conduz para um caminho. É o caminho pelo qual o discípulo precisa andar. Pessoas reagem à verdade.
É por isso que temos medo de dizê-la. Um relacionamento,um emprego ou uma vida podem tomar um rumo indesejado se falamos a verdade. Temos medo de perder admiração ou aceitação, um amigo ou um emprego.

Então mentimos, ocultamos ou disfarçamos – e  matamos a verdade. Sem perceber, toda mentira, por menor que seja, só leva a um caminho. Esse caminho, quando trilhado, passo a passo, só leva a um lugar – o destino do pai da mentira e de todos os mentirosos (Apoc 21:8).

Que a nossa palavra seja sempre uma só, aquela que pode ficar em pé com Jesus, unida com ele, seja qual for a consequência. Há verdades que não precisam ser ditas.

Erros e pecados de outros nem sempre precisam ser revelados, pois nem sempre essa revelação é necessária ou vai ajudar. Você fala para todos de todos seus pecados? Então tenha o mesmo cuidado com os pecados dos outros.

Só se deve contar "toda a verdade" da vida dos outros, aquele que vai contar também "toda a verdade" sobre sua vida. Se for necessário falar, e se pode ofender, vamos tomar cuidado para que seja falada com amor e consideração.

Na vida do discípulo só tem um caminho – a verdade. Somente o discípulo conhece a Verdade que leva ao caminho da vida eterna. É por isso que a verdade é tão importante para nós.

Deus te abençoe.

Pense Nisso!

créditos: hermeneutica.com, divulgação: Cristão Sim Alienado Não

13/07/2012

1 Reis 17:1 - # 1

Então Elias, o tisbita, dos moradores de Gileade, disse a Acabe: Vive o SENHOR Deus de Israel, perante cuja face estou, que nestes anos nem orvalho nem chuva haverá, senão segundo a minha palavra. 1 Reis 17:1




Por Maurício Arruda

Elias era um homem que vivia perante a face de Deus conforme lemos acima. A vida de Elias era total e exclusivamente mantida por Deus. Ele viveu para a Glória do Pai. As Escrituras relatam a vida deste homem que foi obediente às direções de Deus, e como também o próprio Deus o sustentou de maneira peculiar e milagrosa.

Homem que orou para que não chovesse e Deus o honrou; note que neste caso, a Bíblia diz que esta ordenança, para que não chovesse, foi segundo a palavra de Elias, tamanha era sua comunhão com Deus. Elias deu ordens à natureza da terra (1 Rs 17:1). Elias também não conheceu a morte, pois foi arrebatado aos céus (2 Reis 2:11).

Hoje eu estava assistindo a um programa de televisão onde a entrevistadora dizia ao entrevistado o quanto ela o admirava e o quanto, hoje em dia, está difícil admirar alguém. Ao meditar nestas passagens do livro de 1 Reis, noto o quanto Elias era de se admirar. Evidentemente todas estas virtudes notáveis se dava ao fato dele ter vivido perante a face de Deus.

Quantos de nós vivemos desta forma? Quantos de nós, profetizando algo ou mesmo orando a Deus por alguma petição, fomos honrados pela graça do Pai ao obter tal resposta? Há quem diga que isto já aconteceu em algum momento da sua caminhada com Cristo, mas há quanto tempo não vivemos neste grau de intimidade com Deus, onde ouvimos sua voz e somos realmente direcionados em todas as coisas pelo Santo Espírito? Certamente isto se dá pelo fato de não vivermos perante a face do Deus Vivo. Por não conhecermos Deus o suficiente para entender que ter comunhão com Deus deve e precisa ser diário e não esporádico.


Há tanto a se aprender com a vida de Elias que ficaria muito grande a devocional, e como entendo que poucos são os amantes da leitura, sobretudo das Sagradas Escrituras, hoje quero apenas deixar este texto para reflexão e meditação. Não quero de forma alguma incentivar que nossas atitudes e ações enquanto cristãos, sejam intencionadas e movidas em pról do reconhecimento humano, todavia tenho a convicção que uma vida reta perante aos ensinamentos de Deus e sua palavra, certamente despertará a atração de muitos, que serão impactados pela comunhão que só tem, os que caminham com Cristo. 

Quero me valer das palavras do grande apóstolo que disse: "Não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim (Gálatas 2:20)". Isto posto, concluo que o brilho que é de se admirar em nós, vem dEle, Jesus o filho de Deus, onde devemos humildemente estar a cada minuto de nossas vidas.

Que Deus te abençoe e te capacite a entender, que só há vida cristã relevante, quando de fato estamos nEle, e isso aprendemos através de sua santa palavra.

Pense Nisso!