06/01/2011

O que é discipular?


O que é discipular?

1. É manter um relacionamento onde há transferência de valores.
2. É Transferir: ATITUDES, HABILIDADES, OBJETIVOS.
3. Discipular é o exercício de fortalecer os seguidores de Cristo.

O Discipulado é o trabalho conjunto de 3 figuras:

Cristo, O Edificador: “E Eu edificarei a minha igreja”...“Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome estarei no meio deles”

O Discípulo: O Discípulo é alguém que deseja ser um imitador de Cristo.

Discipulador: é alguém que se compromete a cuidar, ensinar, fortalecer uma pessoa, até que Cristo seja formado nela.

Características de um discipulador aprovado:

Estilo de vida exemplar;
Vida de oração;
Disponibilidade;
Manejo da bíblia;
Cheios de fé;
Cheios de bondade;
Confiáveis;
Coração de servo.

Jesus: O Mestre dos Discipuladores:

1. Jesus ensinava por meio de exemplo Pessoal.
2. Os discípulos aprendiam com experiências em comum.
3. Jesus sempre providenciava um momento de ensino.
4. Os discípulos aprendiam uns com os outros.

As 4 Fases do Discipulado

1ª Fase: a familiarização entre Discipulador e Discípulo.
2ª Fase: os conflito de valores, prioridades e práticas.
3ª Fase: a comunhão no amor de Cristo.
4ª Fase: o trabalho em conjunto entre Discipulador e Discípulo para alcançar outros para Cristo.

Processo de Aprendizagem

Nós Guardamos:

10% do que lemos
20% do que ouvimos
30% do que vemos
50% do que vemos e ouvimos
70% do que discutimos
80% do que experimentamos
95% do que ensinamos

Seis Verbos conjugados pelo Discipulador:

1. Ouvir
2. Interceder
3. Ensinar
4. Formar
5. Marcar o passo
6. Integrar

4 Erros a serem evitados

ERRO 1: Ignorar o que está sendo dito.
ERRO 2: Pensar na resposta enquanto ouve.
ERRO 3: Dar a impressão de estar ouvindo, mas desligar-se da conversa.
ERRO 4: Filtrar somente o que interessa ouvir.

OUVIR - (Tiago 1:19)

Três Maneiras eficazes de ouvir:

Escuta Intencional Ativa

1. necessidades
2. medos
3. alegrias
4. convicções

Escuta com Aceitação

- perceba os detalhes importantes
- observe emoções nas palavras
- não julgue ou condene enquanto ouve

Posturas de Escuta

Ouvir com o Corpo todo

55% da expressão de sua escuta vem da postura do corpo.
38% vem da expressão vocal.
7% vem das palavras que você usa.

Interceder

1. Interceder é estar entre Deus e seu Discípulo.
2. Interceder é representar o Discípulo perante Deus.
3. Interceder é representar Deus perante o seu Discípulo.

Ensinar

1. Ensinar não é somente informar.
2. Ensinar é transformar valores.
3. Ensinar é modificar as prioridades.
4. Ensinar é determinar uma nova prática na vida do Discípulo.

Formar

1. Dar forma ao Discípulo através da sua própria vida.
2. Formar é fazer primeiro, obedecer primeiro, é servir primeiro.
3. Ser o exemplo não significar ser perfeito, mas disposição intensa de seguir a Cristo.

Marcar o Passo

1. Discipulado não é uma prova de velocidade... mas de resistência.
2. Marcar o passo das lições
3. Marcar o passo da oração
4. Marcar o passo do testemunho

Integrar

1. Seu trabalho é ampliar o "oikos" (que significa casa, lugar onde se vive, espaço onde se desenvolve a vida), do seu Discípulo.
2. É desaconselhável ter um relacio-namento exclusivo com seu Discípulo.
3. A diversidade de relacionamentos enriquece a vida de seu Discípulo.
4. É importante conhecer o oikos do Discípulo para evitar eventuais hostilidades.
5. Faça uma visita para o oikos do seu Discípulo - construa algumas pontes.
6. Descubra as Pessoas-Chave na vida do Discípulo e suas influências.

Discipulador e a Edificação

1. Identifique as emoções expressas pelo seu Discípulo.
2. Identifique a necessidade sentida e a necessidade real do Discípulo.
3. Confronte em amor o comportamento ou prática contrária ao Evangelho.
4. Na solução de um problema, procure a opção que dará maior glória a Deus.
5. Ofereça informações que ajude o seu discípulo a tomar a melhor decisão.
6. Encoraje seu Discípulo a mudar seus paradigmas.
7. Torne logo de início seu Discípulo um auxiliar de edificação.

Planejando o Encontro

1. Comece fazendo oração pelo discípulo e pelo encontro.
2. Escreva o que Deus lhe falou no ‘quarto de escuta’.
3. Estude cuidadosamente a lição e evite a impressão de que não se preparou.
4. Anote detalhes do encontro.

Os Dez Mandamentos de Discipulador

1º Ouça!

É preciso ouvir ao Espírito Santo;
É preciso ouvir o Discípulo;
Faça perguntas até que entenda o problema;
Observe a ‘dança das emoções’.

2º Prefira o Esclarecimento ao Conselho.

O esclarecimento ajuda o Discípulo a tomar ele mesmo a decisão.
O conselho impõe a decisão.
O esclarecimento encoraja - o conselho diz: - Você não pode decidir sozinho!

3º Não resolva os problemas do seu Discípulo

É um risco assumir responsabilidades pelos problemas do Discípulo.
Isso o fará transferir para o Discipulador toda a carga do problema.
A melhor ajuda será sua oração, seu tempo, sabedoria e amor.

4º Não faça crítica ou juízo antes que os novos valores tenham sido adotados.

É necessário criar um ambiente de segurança para o Discípulo.
Somente a tristeza de Deus produz verdadeiro arrependimento.

5º Mostre ao seu Discípulo a importância de descobrir e experimentar a vontade de Deus.

Entre a situação atual e a situação ideal é necessário obedecer a vontade de Deus.

6º Evite salvar o Discípulo de sua própria estupidez.

Vitimas legítimas devem ser alvo do amor, compaixão e apoio.
A insensatez acarreta consequências.
É preciso saber quando se deve resolver o problema, e quando se deve apenas apoiar durante o problema.

7º Não Empreste dinheiro diretamente ao seu Discípulo

O empréstimo direto provoca a sensação de dívida para com o Discipulador.
Se precisar fazê-lo, dê anonimamente ou acione a CÉLULA.

8º Seja paciente quando encontrar comportamentos negativos repetidos.

As vezes, o próprio Discípulo não conhece as causas de suas atitudes.
É preciso esperar até que Deus revele as raízes do problema.
Paciência é fonte de esperança para o seu Discípulo

Seja perseverante!

9º Identifique a Síndrome do ‘Disco Furado’.

Há pessoas que contam sempre a mesma estória à célula, exaurindo o ânimo dos seus membros.
É preciso mostrar a situação em amor.
Confrontar em amor é melhor do que ignorar.

10º Seja criativo no uso de ferramentas para um discipulado eficaz.

Use livros, filmes, cassetes, livros, jornais, etc.

04/01/2011

Comunhão e compromisso

Uma das formas de discipular é ouvir a pessoa, deixar que ela exponha suas dúvidas e conduzí-la a superar suas impossibilidades e barreiras através de Jesus.



O discipulado sempre foi uma excelente ferramenta usada pela Igreja, desde seus primórdios nos tempos apostólicos, para implantar valores e mandamentos de Deus no coração dos homens. Isso tem sido feito pela defesa de princípios e da observância de um estilo de vida segundo Jesus, mostrado na Palavra do Senhor. Todavia, alguns pontos diferem o discipulado cristão do ensino que temos hoje na maioria das igrejas que montam classes bíblicas.

Enquanto que, nos bancos de Escola Dominical, prevalece o modelo “aluno-professor” e o que vale é a transmissão da informação. O discipulado é um processo individual, pessoa por pessoa. Muito mais do que um estudo bíblico, o discipulado busca a formação do indivíduo e a construção de um estilo de vida encontrado na Palavra de Deus.

Uma das formas de discipular uma pessoa é ouvi-la, deixar que ela exponha suas dúvidas e devaneios, conduzindo-a de modo prático, e não didático, a superar suas impossibilidades e barreiras, abraçando um novo estilo de vida.

Mas discipulado não é algo que se faz em algumas visitas ou reuniões com o discípulo; antes, é um processo cuja eficácia atravessa diversas etapas – mudança de valores, aprendizado, crescimento e prática – que o novo discípulo deve atravessar.

O discipulado gera comunhão, tanto na vida do discípulo, como na do discipulador. E nesta interação, comunhão e compromisso são elementos fundamentais para o crescimento espiritual.

O discipulado é um estilo de vida que só pode ser aprendido e praticado por aqueles que se entregam plenamente a sua prática e se dão liberdade de passar mais tempo juntos, mostrando um ao outro suas qualidades advindas da comunhão com Cristo, e superando seus defeitos ou inabilidades que ainda precisam ser trabalhados pelas mãos do supremo oleiro.

Logo, discipular é andar junto, partilhar tanto as alegrias como as tristezas, as dificuldades como as vitórias; é ser transparente nos relacionamentos. Discipular é viver de modo digno de Deus, de forma que o discípulo possa imitar o discipulador, sabendo que este é, por sua vez, um imitador de Cristo.

Antonísio de Oliveira Morais - Pastor da Assembléia de Deus do Bom Retiro, em São Paulo.


Fonte: Bom líder

A cobiça do poder



Existe uma categoria existencial que afeta todos, Deus, anjos e humanos: o poder. Poder é quase que uma entidade autônoma do universo – não se preocupe, ainda não sucumbi ao dualismo.

Aqueles que experimentaram poder, sabem de sua capacidade de agarrar-se a nós como os vermes que roem os corpos dos pássaros, e não os largam nem depois de mortos.

O poder controla os atos de qualquer um, sem deixar que se perceba como seus fios fazem as pessoas dançarem como marionetes, no palco do absurdo. A conquista do poder embriaga o vassalo e o rei, a cortesã e o cardeal, o general e o catador de lixo. Como regulador das relações humanas, poder encanta como uma serpente faminta.

O poder promete dar opção, controle sobre as decisões. Ele diz que os fortes fazem sua vontade prevalecer. Os poderosos acreditam viver sem temores, eles acham que não caminharão pela vida como o cervo que passeia pela relva, sempre amedrontado com o vento que traz o cheiro do tigre que lhe espreita.

Com o poder vem a promessa de autonomia. O mais capaz não teria carências, mas desdenha dos que vivem das migalhas que sobram de sua mesa. Ele sente que domina, e não conhece timidez; ninguém tem direitos sobre sua vida, já que não deixa que lhe coloquem cabrestos.

Em todo universo apenas um tem todo poder: Deus. Os anjos e suas hostes, os humanos e seus descendentes imaginam como seria fantástico se um dia pudessem se tornar deuses, onipotentes.

Essa é marcha dos vivos. Todos querem, de qualquer maneira, conquistar, ganhar, herdar a capacidade de serem iguais a Deus. Invejamos a sorte d’Ele, que não tem a quem prestar contas. Seríamos felizes, nos convencemos, se pudéssemos agir, e controlar todas as variáveis.

Vamos à igreja, acumulamos riquezas, narcotizamos nossa mente, organizamos instituições, atropelamos outras pessoas querendo, pelo menos sentir que dominamos algo ou alguém.

A religião promete a possibilidade de se retirar os percalços da vida, dominar as doenças e nunca enfrentar tribulações. Cultuamos a Deus, porque no fundo, no fundo, invejamos sua sorte de viver sem acidentes. Queremos ficar perto dele para, quem sabe, podermos nos tornar mestres do grande xadrez existencial, conhecendo todas as possíveis jogadas; sem jamais sermos surpreendidos por algum lance inédito.

Acontece que o Deus bíblico, revelado em Jesus de Nazaré, tendo todo o poder, jamais foi sequer tentado por ele. O mais interessante é que anjos cobiçaram poder e se tornaram em demônios; homens correram atrás do poder e se tornaram pecadores; e Deus revelou través de Jesus que nunca desejou relacionar-se ou governar seu universo valendo-se dessa categoria.

A mensagem é nítida: se cobiçamos ser iguais a Deus, devemos abrir mão do poder, como fez Jesus Cristo. Se queremos relacionamentos verdadeiros, temos que escolher a senda do Calvário; levar as cargas do próximo, perdoar e amar incondicionalmente.

Soli Deo Gloria.


Texto: Ricardo Gondim pastor da Assembléia de Deus Betesda

Mente preguiçosa gera imaturidade



“Quanto a isso, temos muito que dizer coisas difíceis de explicar, porque vocês se tornaram lentos para aprender. ” (Hebreus 5.11)

O Livro de Hebreus é um dos meus preferidos no Novo Testamento por se tratar de um livro de ensinamentos essenciais para o embasamento de nossa fé, em vários aspectos que fazem ligação do Antigo Testamento com o Novo Testamento.

No trecho do capítulo 5:11-14, o autor fala que não tem condições de continuar falando do assunto em pauta, pois são “coisas difíceis de explicar” e que não havia interesse deles nem capacidade para entender tal assunto.

A justificativa do autor é que seus ouvintes não haviam progredido no conhecimento de Cristo de maneira deliberada tornando-se “lentos parta aprender”. A frase significa não que eles diminuíram a velocidade do aprendizado, mas que se tornaram preguiçosos para aprender.

A consequência dessa atitude é que eles eram imaturos e não estavam em condições de ouvir e interpretar os aspectos espirituais do ensinamento bíblico.

Tenho me deparado constantemente com pessoas que repetem a atitude dos leitores primários de Hebreus ainda hoje. Pessoas que já contabilizam vários anos de fé e envolvimento na igreja, mas que parecem meninos nas emoções e no caráter. Pessoas que não conseguem ser contrariados ou exortados que logo reagem com reclamações ou atitudes evasivas.

O mesmo Texto, contudo, também dá a receita para que isso não aconteça. No verso 14, diz que os “adultos” comem “alimentos sólidos” e que, pelo exercício constante (dos princípios “elementares” da Palavra), tornam-se aptos para discernir tanto o bem quanto o mal. Os que assim agem de maneira deliberada o fazem! A maturidade é para os crentes, mas alguns só querem alimentar-se de “leite” por toda a vida.

A maturidade é para os que desejam ser frutíferos e não para aqueles que só desejam ser alimentados. Não sejamos imaturos nem resistentes em crescer!

“Deixemos os ensinos elementares a respeito de Cristo e avancemos para a maturidade” (Hb 6.1 ).

Fonte:Pr. Paulo Lomba, no Bom líder, via Cristão Sim Alienado Não 

03/01/2011

Heresias – Como Combatê-las?

Por Maurício Arruda

Texto básico: 2 Pedro 2:1

E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição.

Sabemos que os que praticam heresias terão sobre si as conseqüências dos seus atos, mas a pergunta é: Como nós cristãos podemos combater as heresias? Primeiramente precisamos definir heresia.

Heresia pode ser definida como falsa doutrina; ensinamento enganoso; blasfêmia. Em particular, isto se refere a grupos dentro do Cristianismo que ignoram alguns de seus elementos básicos - tal como a idéia de que Jesus Cristo foi divino.

Podemos citar como exemplo os saduceus, que eram uma seita dentro do judaísmo (Atos 5:17), assim como eram os fariseus (Atos15:5).

Agora que aprendemos o que é heresia podemos ir para o tema principal desta postagem que é: Como combater as heresias? Em nosso último post falamos da importância da leitura como fonte de conhecimento e hoje, a resposta para este questionamento está diretamente relacionado à leitura.

Somente se conhecermos profundamente as Escrituras, poderemos evitar os enganos que hoje são pregados em púlpitos, estudos, cursos teológicos, etc. Hoje à tarde ao ouvir um debate acerca de como é a vida de um pastor, o entrevistado em questão, pastor há mais de 20 anos, disse que sua mãe assistia há um programa de televisão, certamente um canal evangélico, e comentou com ele: “Filho este pastor aí está falando bobagens, eu conheço a bíblia e está história está mal contada.”

A bíblia nos garante a autenticidade do que está sendo dito, aliás, creio que devemos examinar nas escrituras tudo o que ouvimos. Veja o que está escrito em Atos 17:11: 

Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim.

Não se pode digerir goela abaixo o que se ouve sem examinar as escrituras ou conhecê-la profundamente. O acesso às Escrituras é gratuito e se lhe faltar entendimento acerca de certo tema, procure algum líder de sua igreja que possa lhe instruir.

Não se engane! Combata as heresias com a palavra de Deus e ore constantemente para que o Espírito Santo possa lhe revelar as verdades do Evangelho.

João 14:26

Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.

No mais tudo na Santa Paz.

Deus abençoe.

02/01/2011

2011 - O Ano da Leitura!



Por Maurício Arruda


Tenho notado algo em boa parte dos cristãos que conheço que me inspira a escrever este post e deixar uma boa dica para o ano corrente. Sei que o ano de 2011 acabou de sair do forno, mas a hora é essa! Não vamos perder tempo para fazer algo de bom acontecer não é mesmo?!

O que notei e noto em boa parte dos "crentes", é a superficialidade no que se refere ao conhecimento das escrituras, em outras palavras: "a galera não lê a bíblia!!!"

O problema seria menor, a nível cultural, se isto fosse apenas concernente a bíblia, mas não, o hábito de ler, sobretudo do povo de Deus, é considerado muito baixo. Nossa cultura e gosto pela leitura devem crescer e muito, para que os resultados da prática cristã mudem radicalmente, pois apenas desta forma a estatística dos cristãos alienados reduzirá consideravelmente. Quando se tem o hábito de ler, a fé se torna mais sólida, o entendimento mais claro e as fantasias que são criadas na mente, dão lugar a maturidade espiritual. Longe de querer racionalizar a fé cristã, creio que a leitura contribui até na formação do caráter, quer seja religioso ou moral.

Meu incentivo e desejo para 2010 são para que cada um de nós leia assiduamente a bíblia, os livros cristãos, devocionais, sites, blog, etc. Longe dos chavões denominacionais de "ano disso e daquilo", desejo que este ano seja o ano da leitura bíblica.

Vou deixar dois pequenos artigos que falam do hábito de ler e seus reflexos para que sirva de inspiração aos que vão viver um ano de crescimento e de conhecimento. Desta forma haverá mudança e muitos dos assuntos que hoje são desconhecidos por muitos cristãos, poderão ser considerados inerentes.

Primeiro:

O hábito de leitura de Francis Asbury

Em comemoração ao dia mundial do livro gostaria de apresentá-los um leitor voraz. Seu nome é Francis Asbury, considerado "pai do metodismo americano". Este notável cristão, foi responsável pela conversão de milhares de pessoas. Um de seus biógrafos, Wesley Duewel, afirma que quando Asbury chegou da Inglaterra aos Estados Unidos, comissionado por John Wesley no ano de 1784, existiam 1.160 cristãos metodistas, quando morreu 214 mil professavam a fé em Cristo. E para tanto, estima-se que tenha pregado cerca de 17 mil sermões e ordenado mais de 3 mil pastores. Nada mal, hein?

Impressionamente também era seu hábito de leitura. Tinha o costume de ler 60 .000 páginas por ano (imagine que um livro comum tem em média 300 pg.). E se você está imaginando que o camarada Asbury não tinha nada para fazer, então fique sabendo que lia todo esse calhamaço no lombo de um cavalo, enquanto viajava por todo o solo americano (e não era turismo). Na verdade, o segredo estava na sua disciplina. Asbury seguiu a risca a tarefa de ler ao menos 100 páginas por dia e isto tudo há 200 anos atrás, quando não havia as conveniências modernas que desfrutamos hoje.

A rotina de Asbury era impressionante. Durante toda vida ele observou um cronograma rígido, assim como também aconselhou seus pregadores itinerantes a fazer o mesmo. Aprendeu com Wesley. A rotina era assim:

1- Acordar as 4 da manhã, todos os dias;
2- Orar das 4 às cinco e novamente a tarde, das cinco às seis;
3- Ler todos as manhãs, das seis até o meio-dia, como uma hora para o café da manhã, alimentando a mente e a alma com a Bíblia e com bons livros.

E aí, vai encarar?

Rick Nañes, doutor em teologia, fez uma bela análise do hábito de leitura dos proeminentes cristãos do passado. E chega a uma conclusão interessante:

"Não é coincidência o fato de que os mais proeminentes líderes cristãos do passado, os quais auxiliaram a reavivar, revigorar e reformar a igreja errante, foram leitores vorazes. Eles não apenas leram como também expressaram sua convicção de que a leitura é o caminho para ampliar a mente, exercitar o intelecto e focalizar melhor a imagem que se tem da realidade".

*****

Duewel, Wesley. Heróis da vida cristã. p.11-22
Nañez, Rick. Pentecostal de coração e mente. p. 343

Segundo:

O desprezo pela leitura faz mal - John Trembath

O que tem prejudicado a sua vida no passado e, lamento dizer, até hoje, é a sua negligência quanto à leitura. Negligência tal que, por sua vez, chega a prejudicar até o próprio desejo de ler.

Dificilmente me recordo de um pregador que leia tão pouco. Eis a razão porque seu talento em pregar não aumenta. Você continua pregando como pregava há sete anos; com emoção, porém sem profundidade. Falta variedade e conteúdo.

A leitura poderá preencher estas lacunas com meditação e oração diária. Você prejudica a si mesmo em omitir tal prática.

Desprezo à leitura impede alguém de ser um pregador maduro. Até para ser um cristão íntegro é mister a leitura adequada. Queira Deus que começasse logo!

Separe uma parte do dia para este exercício. Assim adquirirá o sabor por aquilo que faltava; o que parece monótono no início se tornará com o tempo um prazer.

Com ou sem disposição leia e ore diariamente. É para a sua própria vida; não existe outro caminho. Faltando isso será para sempre um pregador superficial.

John Wesley

Em 17 de agosto de 1760 em carta a John Trembath

Fonte: Soli Deo Gloria